O Caso Roswell, é um dos casos mais famosos da ufologia
mundial, diz respeito a uma série de acontecimentos ocorridos em julho de 1947
na localidade de Roswell (Novo México, EUA), onde um suposto OVNI teria caído.
No dia 8 de julho de 1947, em Roswell (Novo México, Estados
Unidos), o jornal Roswell Daily Record publicou em primeira página a notícia de
que o 509º Grupo de Bombardeiros da então Força Aérea do Exército dos EUA havia
tomado posse dos destroços de um disco voador: RAAF (Roswell Army Air Field,
Aeródromo Militar de Roswell) captura disco voador em rancho na região de
Roswell, era o título da manchete.
A notícia causou rebuliço na cidade, mas já no dia seguinte o
jornal desmentia a história: A notícia sobre os discos voadores perde o
interesse. O disco do Novo México é apenas um balão meteorológico.
Os destroços haviam sido encontrados originalmente por um
fazendeiro chamado William "Mac" Brazel, que deu uma entrevista ao
Roswell Daily Record contando como foi o achado, publicada no dia 9 de julho.
Ele disse que no dia 2 de julho, enquanto andava a cavalo com o seu filho
Vernon de 8 anos, deparou-se, a cerca de 12 km do rancho em que vivia, com uma
série de destroços. Acostumado a encontrar restos de balões meteorológicos, não
lhes deu importância de início, só vindo a recolher o material no feriado do 4
de Julho, juntamente com a sua mulher e seu filho Victor de 14 anos. Nesse
mesmo dia ele contou a sua história aos vizinhos Floyd e Loretta Proctor, que o
informaram que alguns jornais ofereciam até 3.000 dólares por uma prova dos
chamados “discos voadores”, assunto que estava causando furor na imprensa devido
às declarações do piloto Kenneth Arnold feitas um mês antes.
Arnold relatou que, ao sobrevoar o Oregon, avistou o que
seriam aeronaves voando em formação, e descreveu o seu movimento como o de
pedras ou discos deslizando na superfície de um lago. A imprensa logo cunhou o
termo “disco voador”, excitando as imaginações, o que estimulou quase mil
relatos de avistamentos de ufos nas semanas seguintes (hoje acredita-se que o
que Arnold viu foram, na verdade, pássaros migrando).
Em 7 de julho de 1947, Brazel dirigiu-se até delegacia do
xerife George Wilcox, no condado de Chavez, informando-o de que teria talvez
encontrado os restos de um disco voador. O xerife telefonou para a base aérea
de Roswell, que enviou o Major Billyard Ray Cyrus, do 509º Grupo de Bombardeiros,
juntamente com o Capitão Sheridan Cavitt, para analisarem os destroços.
Major Marcel recolheu o material e o transportou para a base
de Fort Worth. Enquanto isso a história se espalhou, dando origem à manchete do
Roswell Daily Record do dia 8. No dia seguinte, o Exército tratou de desmentir
a versão do disco voador, afirmando que os destroços encontrados eram de um
balão meteorológico.
OS MITOS
A história do disco acidentado havia sido esquecido até 1978,
quando o físico nuclear Stanton Terry Friedman ouviu falar de Jesse Marcel,
sobre quem pairavam rumores de já ter tocado um disco voador. Friedman o
procurou. Inicialmente as informações de Marcel eram escassas demais para serem
de alguma utilidade a Friedman, mas aos poucos ele e outros pesquisadores foram
obtendo mais informações e descobrindo outras testemunhas. Enquanto isso,
Friedman conseguiu que uma entrevista com Marcel fosse publicada no tabloide
National Enquirer, onde Marcel afirmava que nunca tinha visto nada como o
material encontrado em Roswell, que acreditava ser de origem extraterrestre.
Assim, o assunto Roswell voltou às manchetes e Marcel virou uma celebridade no
mundo da ovniologia.
Baseando-se em relatos de diversas testemunhas descobertas a
partir da volta do Caso Roswell às manchetes, pesquisadores publicaram os
primeiros livros defendendo a tese de que os destroços de 1947 eram de uma nave
alienígena. São exemplos The Roswell Incident (1980), de Charles Berlitz e
William Moore; UFO crash at Roswell (1991) e The truth about the UFO crash at
Roswell (1994), de Kevin Randle e Donald Schmitt e Crash at Corona, de Don
Berliner e Stanton Terry Friedman (1997).
Ainda que divergissem em alguns detalhes, as teorias
apresentadas nesses livros seguiam a mesma lógica básica. Os destroços
encontrados em Roswell seriam de uma nave alienígena que, por algum motivo
desconhecido, teria se acidentado. Ao identificarem os destroços, os militares
americanos teriam iniciado uma campanha de desinformação para acobertar a
verdadeira origem do material, apresentando a versão oficial de que seriam
restos de um balão meteorológico. O material teria sido, na verdade,
encaminhado para análise em instalações secretas de pesquisa e escondido do
público.
Variações encontradas nas teorias incluem os locais onde
teriam sido encontrados destroços, o número de naves que teriam se acidentado,
a quantidade de destroços encontrados, a existência ou não de corpos de
alienígenas e seu número, bem como a descrição dos materiais.
Stanton Friedman publicou mais tarde, no livro Top
Secret/Majic, o que seriam evidências documentais da existência de um grupo
governamental clandestino dedicado exclusivamente a acobertar o incidente de
Roswell. Este grupo, constituído por doze pessoas e chamado de “Majestic 12”,
coordenaria todos os estudos secretos sobre os destroços e os corpos de
alienígenas recuperados. Infelizmente para Friedman, investigações do FBI e uma
análise independente de Joe Nickell, proeminente investigador cético de
fenômenos paranormais, provaram que os documentos são completamente falsos. Uma
das maiores evidências disso é que foi encontrada uma carta original do
Presidente Harry Truman, de 1 de outubro de 1947, cuja assinatura foi
fotocopiada e reproduzida pelo(s) falsário(s) nos documentos MJ-12.
Logo logo estarei postando a continuação e o encerramento do
caso.
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